segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sobre a tristeza do bairrismo

Até hoje me intriga porque as pessoas ficam tão ofendidas quando alguém de fora fala qualquer coisa negativa sobre sua cidade. Não raro, estas mesmas pessoas se agrupam pra elencar tudo de ruim que pode existir ali. Entre si, nestes momentos, elas riem, concordam, narram histórias e se contrariam com a mediocridade humana. Mas o passaporte pra esse privilégio é ter nascido neste lugar.

Que sentimento tão mesquinho é esse do bairrismo? E por que que um comentário generalizante é entendido de forma tão pessoal?

Moro há 10 anos em Aracaju, amo essa cidade. Tenho uma coleção pessoal de histórias maravilhosas que tenho vivido aqui. Mas isso não me faz achar que só posso, ou só devo, encontrar coisas positivas nos lugares e nas pessoas daqui.

Sou alagoana, também amo minha terra, mas não vejo porque me ofender de forma pessoal quando alguém emite qualquer opinião negativa sobre Alagoas e alagoanos. Acho natural que as pessoas tenhas experiências distintas sobre os lugares. Desde que a ofensa não seja dirigida a mim, tento compreender.

Penso que, como em qualquer outro lugar do mundo, Aracaju e seu povo tem suas peculiaridades, seus encantos e também, porque não, seus defeitos. E como me sinto quase daqui penso que posso estar a vontade pra falar.

Afinal, é SÓ a minha OPINIÃO. NADA MAIS. Certo?

Não. Errado.

Triste e desapontada, calo-me.


PS: AH, E POR FAVOR, NÃO PUBLIQUEM MEUS TEXTOS SEM MINHA AUTORIZAÇÃO. GRATA.

4 comentários:

Álvaro Müller disse...

Rapaz... e a pior desgraça é você fazer uma crítica construtiva, mostrar preocupação, querer que a coisa melhore até porque está inserido nela, e sair como ruim na história. Já fui injustiçado várias vezes por isso também, Maíra. Mas eu não me calo.
Um cheiro!
Álvaro Müller

disse...

Puxa Alvinho, seu comentário me reconforta.
Obrigada.
Saudades de vc.
Beijo!

Amaral disse...

Peço-lhe desculpas. Não juro que nunca mais publicarei um texto seu, porque eu não sou besta. Eles são bons demais para ignorá-los. Aprendi a lidar com a novidade e disto fiz minha mochila eterna. Continuarei acessando o seu blog. com prazer e curiosidade. e estarei sempre esperto ao seu humor literário. Deu pra chegar, eu chego!
Publiquei cá, porque gostei de fato. Afinal, tai na Net, é pra nós todos.
Mas me desculpe a invasão. Onde é que eu estava com a bunda doida, querendo chocar um ovo que não pertence ao meu ninho? Preciso tomar tento, sentar o meu calor onde ele cabe!

Com intenções de chegança,

Amaral

disse...

Olá Amaral.
Aceito suas desculpas e agradeço os elogios.
É só que foi um susto ver um texto tão pessoal já circulando por aí sem que eu soubesse ou pudesse até dialogar sobre o melhor formato para expô-lo9 a um publico bem diverso do que os que eu acho que são os que vêm até aqui.
Sua honradez e humildade me cativaram. Seja bem vindo. E qd quiser dialogar: ezequiel.maira@gmail.com