sexta-feira, 28 de maio de 2010

I Seminário Mídias Digitais e Transformação Social


Um sucesso!
Super obrigada a todos os convidados e todos os participantes.
IT HAS LIFTED MY HEART!

Vejam todos os detalhes, em texto videos e fotos. aqui.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

I Seminário Mídias Digitais e Transformação Social: um novo paradigma para a comunicação

Entrevista com Claudio Manoel para o hotsite do Seminário.
O orgulho é todo meu.


Além das palestras, o I Seminário Mídias Digitais e Transformação Social irá contar com um espaço de formação para gestores de comunicação do Governo de Sergipe. Mesmo com reuniões semanais sobre o tema, através de um grupo de Web composto por membros do governo, a gestão estadual percebe a importância da qualificação dos seus assessores. Por isso, convidou o mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA e professor Cláudio Manoel Duarte para ministrar um workshop aos gestores, entitulado 'As peculiaridades da comunicação governamental nas redes sociais'.


Com foco na discussão da democracia e participação popular, o workshop acontece na tarde da sexta-feira, dia 28 de maio, e irá discutir e fomentar o debate acerca da nova forma de fazer a comunicação entre o governo e a população.  O protagonismo da sociedade civil, possível com a chegada de novas tecnologias e com as redes sociais,  na produção e recepção de informação vem forjando uma nova relação entre o estado e as pessoas. Este momento, onde a interação é pouco ou nada mediada pelos grandes meios de comunicação, deve ser encarado, pelos profissionais da área,  com ousadia, e portanto, a premissa é inovar!

Veja a entrevista do pesquisador Cláudio Manoel Duarte, feita pela equipe do blog e-Sergipe. Ele comenta a experiência de montar o Núcleo de Cultura Digital (NCD) da Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) do Governo de Sergipe além de situar as redes sociais no atual panôrama do trabalho em comunicação pública e na perspectiva da democratização da informação.

NCD - De que forma você acha que as mídias digitais têm ampliado as possibilidades da comunicação governamental?
CLÁUDIO MANOEL DUARTE - Creio que essas mídas trouxeram, tecnicamente, três enormes possibilidades. A primeira diz repeito à autonomia de produção de conteúdos, advinda de uma das leis da cibercultra que é a liberação do polo de emisão. A comunicação governamental, assim como outras comunicações institucionais ou não, não precisam mais passar pelo crivo da mídia tradicional. A segunda possibilidade é a real condição de interlocução com o público, através dos recursos de interatividade. Esse é um elemento fundamental e que sua subutilização ou não uso implica estar fazendo comunicação errada na web e nas redes digitais em geral. Só usam integralmente esses suportes se esse recurso – interatividade – ganha corpo no processo de comunicação. A terceira possibilidade que destaco é a atualizaçao contínua das informações. Um recurso de extrema importância que essas ferramentas trazem para colocar a sua audiência efetivamente atualizada. Não usar a atualização – pelo contrário – coloca essa mídia/suporte no descrédito como canal de informação, ao ponto de perder audiência, inclusive com dificuldade de ser recuperada.

NCD- De que forma você enxerga o futuro da comunicação governamental nas mídias digitais? As atuais ferramentas existentes tendem a se modernizar ainda mais ou devem surgir novas ferramentas, com ainda mais possibilidades?

CLÁUDIO MANOEL DUARTE - É preciso entender que qualquer nova ferramenta de comunicação que surja – dentro ou fora das redes digitais – são instrumentos de complementariedade da comunicação e podem funcionar ou não, a depender da circunstância, tema ou target de público. A saída não é necessariamente somente essas mídias digitais. O trabalho com as chamadas mídias tradicionais devem permanecer igualmente como complementariedade. Quantos mais canais eficazes de comunicação melhor. Sim, as ferramentas digitais são alteráveis, permanentemente, e é por isso que teremos que conviver com suas novas versões (1.0, 1.2, 1.3 etc) trazendo novos recursos, fruto de um movimento interno e silencioso do desejo coletivo nessas redes, que motivam os programadores. A sobrevivencia da eficácia dessas ferramentas tem a ver diretamente com suas novas versões: ferramentas digitais só envelhecem quando elas são abatidas por novas ferramentas que apontam saídas melhores.

NCD - Como foi a experiência de criação do Núcleo de Cultura Digital da Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom-SE)?
CLÁUDIO MANOEL DUARTE - Sem dúvida foi uma das experiências mais bacanas em minha vida profissional. Por uma série de motivos: Maira Ezequial tinha sido minha aluna em Alagoas e nos reencontramos trabalhando juntos, profissionalmente, num mesmo projeto, anos depois. É para sentir orgulho, não? Até porque já sabia e conhecia o seu olhari nteligente e sensível para as coisas do mundo e ese projeto, desafiador, era uma oportunidade de verdade. Depois, e por conta disso, esse é um projeto pioneiro no país, nessa área governamental, com criação de núcleo específico e aberto totalmente à experimentação. E isso não é pouco: ter um olhar de que essa atividade deva existir e dar o tempo a ela necessário para ser experimentada é entender que é possivel sim aprender fazendo para apontar caminho de melhora das coisas que às vezes nos parece distante. Uma outra coisa que me chamou a atenção foi a importancia e cordialidade que recebemos por parte de Cauê, que convocou toda a equipe de comunicaçao para ouvir sobre o projeto e deu, ao mesmo tempo, liberdade de produção do primeiro exemplo. Lembro que elaboramos, eu e Maira, na mesma tarde um projeto simples mas que dava conta das idéias de uso dessas mídias pós-massivas sem grande alarde e entendendo que estávamos complementando o trabalho já existente do governo na area de comunicação tradicional.

NCD - O que o NCD tem de peculiar e porque é importante a existência de um núcleo como esse dentro de uma estrutura de comunicação governamental?
CLÁUDIO MANOEL DUARTE - A comunicação é integrada já há muito tempo. Não tem sentido pensar apenas a assessoria de imprensa. A comunicação está também nas relações públicas, em ações de marketing, de publicidade e propaganda, além do jornalismo. Igualmente vale para suportes: impressos em geral, televisão, rádio e mídias digitais. Por outro lado, é preciso entender que os suportes digitais tem muitas especificidades e é preciso uma equipe focada nisso, desde jornalista e publictários a programadores de plataformas. É um complexo multiplataforma e, além do trabaho de produção de conteúdos, exige outros níveis de conhecimento. É preciso equipe especializada. Senão o trabalho fica, digamos, amador no sentido de inacabado e impreciso, já que seria feito sem um olhar efetivamente dedicado.

Cláudio Manuel é Professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano - UFRB, Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA, fundador e dj do grupo de música eletrônica Pragatecno, sub-editor da publicação 404nOtF0und, membro do coletivo de artistas digitais e-letroINvasores, moderador da comunidade virtual PragatecnoBrasil e produtor cultural. Conheça mais dele no seu Multiply, no site do PragaTecno e no seu Twitter.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pra começar a falar de Web 3.0

Achei esse doc muito esclarecedor e didático pra quem ainda tá se perguntando o que é essa tal "web semântica" que esse povo já tá inventando agora. :)
(Não tem legenda. Atualiza esse inglês aí, hein?)

Enjoy.



Web 3.0 from Kate Ray on Vimeo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A melhor balada de Aracaju



Tenho falado e não é exagero: a Sessão Notívagos é hoje em dia a melhor balada alternativa de Aracaju (e de fazer inveja a muitas outras capitais). Saca só a receita: um filme off-circuito + uma banda indie consagrada + banda local de abertura + madrugada de sábado adentro no shopping fechadinho só pra nós. Custo? R$ 20, 00 com direito a birita. Negoção, dizae.

O filme desta semana é o brazuca: Os famosos e os duendes da morte, primeiro longa de Esmir Filho, que ficou famoso pelo hit do youtube Tapa na pantera. O trailer já empolga bastante. Mistura de uma atmosfera de nerdismo, tédio, cidade pequena, vida virtual e Bob Dylan. A cara do público da Notívagos. ;)

Antes do longa, será exibido o curta-metragem cearense Supermemórias - um recorte poético da cidade Fortaleza a partir de registros em Super-8 das década de 60, 70 e 80 com músicas inéditas de Fernando Catatau na trilha sonora. 

O curta também não é a tôa. Catatau, autor da trilha, é o frontman da banda indie nacional mais inventiva e original que já surgiu na cena: Cidadão Instigado. Pela primeira vez em Aracaju, eles vêm lançando o mais novo trabalho intitulado "UHUUU!". Quem abre a noite são os sergipanos Elvis Boamorte e os Boa-vidas, banda do ex-batera da The Baggios que eu to bem curiosa pra conhecer.

E aí, vamo lá?

Serviço:
O que: Sessão Notívagos 
Quando: Sábado, 08 de maio, 23h
Onde: Cinemark Jardins
Quanto: Ingresso preço unico R$20,00 + 3 bebidas
(A venda na Casa da Cópia do shopping Jardins e na Casa da Música no calçadão das Laranjeiras)


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Contra a banalização do Twitter

Tive uma discussão com um casal de amigos esse fim de semana que só não foi mais curiosa porque, penso eu, tem sido um assunto comum entre vários grupos de nossa faixa etária.

Nos pusemos, eu e essa amiga, a tentar argumentar para nossos respectivos maridos do porquê do Twitter não ser uma mera perda de tempo. E de uma forma bastante consistente e totalmente espontânea acabamos conseguindo convecê-los de que, no mínimo, era possível lançar um olhar sério sobre essa experiência.

Me toquei de que, no que se refere as redes sociais, nós, trintões, somos de uma geração que ainda está meio dividida. Alguns engajadíssimos, outros torcendo o nariz. É muita novidade, muita velocidade, muita informação e a gente ta naquela fase de se sentir meio velho. Até comentei outro dia, noutra ocasião, como essa fase dos trinta é mesmo um divisor de águas na vida da gente. Mas o assunto não é esse e Balzac que descanse em paz.

É claro que essa é uma conversa já meio gasta e que é fácil pra mim, que estou absolutamente imersa nesse universo e tenho as “novas redes sociais” como ambiente de trabalho, listar as vantagens e os usos dessas ferramentas. O dado que eu considerei curioso foi a facilidade que nós duas tivemos para montar argumentos sólidos sobre a verdadeira revolução que acontece nesses meios, a partir das nossas próprias experiências.

Fiquei pensando depois que o que estamos vivendo é uma ruptura gigantesca do entendimento de nós mesmos como seres que pensam e se comunicam. Lembrei do quanto eu já falava isso de forma totalmente instintiva nas aulas de estética na universidade, ano passado. E até me choquei lembrando como ainda há gente jovem e inteligente que, no auge de sua arrogância intelectual, dá as costas pra essa tendência –  negligenciando a si próprio a possibilidade de romper barreiras para as mais ricas e inovadoras modalidades de trocas, cujo único filtro são seus interesses e suas vontades individuais.

Isso pra não entrar na seara da expressão artística, poética, subjetiva. Faíscas de efêmeras genialidades tem agora infinitos modos de serem eternizadas. Deixam rastros que podem ser literalmente “seguidos”. Demonstrações de simpatia, compartilhamento de sensações, gestos traduzidos em uma linguagem que transcende idiomas podem agora ser compartilhados entre seres de quaisquer lugares do planeta. Isso não é pouco e não é nada senso-comum quando experimentado com profundidade e entrega.

Nessa empolgação toda, fico tendo que controlar minha ansiedade em saber o que vem a seguir e que modelos de relacionamentos estarão em voga para a minha filha, por exemplo.  Será que é demais pensar que caminhamos para um momento em que, ao menos para a maioria de nós, a ignorância será uma questão de opção?