quinta-feira, 18 de março de 2010

Rock, cerveja e filme cult no shopping de madrugada



Não é brincadeira. É a Sessão Notívagos, no Cinemark, que tem se revelado um programa bacaníssimo e bem inovador não só pra sergipe como pra todo o Brasil. O projeto tem sido levado com seriedade pelo Roberto Nunes e, ao menos nas vezes que pude ir, vai ficando cada vez mais interessante e organizado.

Desta vez, ele jogou duro convidando os pernambucanos da Eddie, que estão devendo um show decente aqui em Aracaju (não por culpa deles, claro).

O filme também não fica nada a dever. A fita branca, do Michael Haneke, foi vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2009, prêmio de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro 2010 e indicado ao Oscar 2010 em duas categorias: melhor fotografia (Christian Berger) e melhor filme estrangeiro (candidato pela Alemanha).

Quem abre a programação de shows é a banda Cabedal, o que pra mim significa que sou eu quem vai ter que jogar duro também na perseverança pra ver a Eddie, que só deve começar a tocar lá pelas 3h da manhã. Não tenho dúvida que vai valer a pena.

Sessão Notivagos: Fita Branca + Bandas Eddie e Cabedal

Sábado, 20/03 - Cinemark Jardins - Das 23h00 as 04H00

R$ 20,00 o preço único até 19/03

Ingressos na Casa da Cópia do Jardins


terça-feira, 16 de março de 2010

Só Sonic Youth salva

Dia de extrema angústia.
Só Sonic Youth pode me salvar.
Decretei oficialmente hoje meu Sonic Youth Day

domingo, 14 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Jovem é uma merda


Brinco com essa coisa de estar ficando velha, mas a verdade seja dita: jovem é uma merda.

Acha que sabe de tudo sem ter vivido nada. Acha que pode mudar o mundo, mas se rebela com as causas erradas. Não lê o que os professores indicam só de pirraça. Acha graça e se diverte com as coisas mais imbecis do universo, enquanto the real fun passa ao lado e o cara não saca. Enfim, uma merda.

Eu sei, eu seeeeeei, cada coisa em seu tempo e tal. É claro que, assim como a juventude, a maturidade tem lá suas perdas e ganhos.

Mas, se pudesse ter escolhido, gostaria de viver agora algumas experiências que vieram cedo demais. Como não adianta chorar o leite derramado, me esforço pra rir da minha tragédia (sim, estou exagerando).

Já tive o privilégio de sair do Brasil uma meia dúzia de vezes e, entre idas e vindas da memória, vez por outra me recordo com dificuldade das visitas que fiz a verdadeiros templos da cultura do mundo. Moma, Museu de Belas Artes de Boston, Museu de Historia Natural, Opera House, Museu de Ciencia de Vancouver, e por aí vai.

Alguns mais bem aproveitados que outros. Mas certamente foram todas experiências muito mais sensoriais que intelectuais, haja visto que a ultima vez que saí do país já tem mais de 10 anos.

Uma das provas que guardo comigo de que subaproveitei essas oportunidades foi a lembrança que me motivou a escrever esse post e que agora já tenho cara de pau suficiente para assumir.

Quando completei 16 anos fiz um intercâmbio de curta duração em Vancouver, no Canadá. Tudo lindo e maravilhoso. Pois bem. Uns oito anos depois, encontrei no meio da minha bagunça o único album de fotos que fiz por lá.

Qual não foi minha suspresa ao me deparar com uma determinada foto em que apareço em frente a um prédio pomposo e majestoso de cujas colunas se penduram uns banners coloridos belíssimos.

Lembrei na hora o contexto da foto. Não entrei no prédio. Achei o jardim em frente bonito e pedi que tirassem a foto. Era bem perto de onde estudava e tive todos os dias para entrar lá, mas não tive curiosidade suficiente.

Ao examinar com mais cuidado o tal retrato quase tenho um infarto do miocárdio. O prédio era da Galeria de Arte da cidade (Vancouver Art Gallery) e o banner colorido era nada menos que a Marilyn de Andy Warhol, sinalizando a exposição que estava em cartaz.

Como eu falei. Jovem é uma merda.

terça-feira, 2 de março de 2010

O amanhã de hoje


E eis que chega o tempo em que nossos sonhos precisam ser engavetados

Desejos de um futuro ideal transformam-se em ingênuas utopias

E então há de se aprender com urgência a não mais desprezar pequenos prazeres e micro vitórias cotidianas

E lembrar-se com generosidade de uma auto-imagem construída precocemente e sem referências

Pois o desafio de cada dia é viver apesar de nossa coleção de fracassos.