terça-feira, 29 de julho de 2008

Num instante o temple pilots...

Há exatos DOZE ANOS eu disse:

"Oi. Você é o cara da Snooze, né?"

sábado, 19 de julho de 2008

Faltou a lupa!

'Dois séculos de artes visuais em Sergipe' foi o nome dado a um caderninho horroroso, com uma capa desconcertante de tão feia, uma pesquisa questionável dadas algumas ausencias intrigantes no que deveria ser uma compilação audaciosa como anuncia o título.

O pior é ter na contra-capa estampando apoio de todas as esferas, municipal, estadual e federal, incluindo Petrobrás, o que normalmente significa muito dinheiro e em geral um grau de critério rigorosíssimo na aprovação de projetos dessa natureza.

No mínimo estranho, dado o rigor que se sabe existir não só com os patrocinadores envolvidos como também entre muitas pessoas desta gestão de cultura.

E, o mais incrível de tudo isso: um dicionário de ARTES VISUAIS em... PRETO E BRANCO???!!! E com o que mais interessa, as obras, em reproduções microscópicas??? Putz, faltou a lupa!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Wado / Maceió - 05 de julho - Orákulo

Dessa vez que fui a Maceió, minha terra natal, finalmente dei sorte de pegar um show do Wado. O último que vi foi em Sampa, quando eu ainda morava lá e ele, no Rio. Nada nem perto do que presenciei nesse último sábado no Orákulo. Apesar da chuva torrencial que caía na cidade a casa, uma das poucas que ainda resiste à decadencia da vida noturna do Jaraguá, estava lotadassa. Gente de todos os estilos e todas as idades. Além do Wado só haveria mais um show de uma guitar band (super)iniciante chamada Superamarelo e a discotecagem do Fernando Coelho (vulgo Coelho Jones, jornalista das antigas).

Pra se ter uma noção, perdi as quatro primeiras musicas do show porque tava na fila pra comprar as fichas para a cerveja. Isso para a cena de Maceió significa muito. Não, eu não estou subestimando o Wado. É empolgante ver que lá ele mantém forte o reconhecimento que saiu buscando Brasil afora. (E, em alguma medida, conseguiu.)

E não tinha ninguém só marcando presença não. A cada musica o coro aumentava (a maioria voz de mulher, é verdade! Minha xará deve ter um trabaaalho!). Quando o próprio Wado esqueceu a letra, a galera tava lá pra segurar a onda. A noite teve um clima mais especial ainda quando ele falou no microfone que era aniversário dele.

Esse climão foi apoiado por uma banda super profissa, como o Wado sempre fez questão de ter, dos quais eu só reconheci o batera - Peixinho, guerreiro do rock e do surf de longas datas na cena maceioense. No line-up tinha ainda percussão, teclado e synth, baixo e o Wado se arriscando numa bela jazz master de vez em quando. Capricho no cenário também, assinado pela arquiteta Nicole, figura que eu lembro da época de universidade.

No repertório, todas as melhores desde o primeiro disco. Novos arranjos para velhos hits. Aliás percebo isso em cada show do Wado, dos que pude ir. Ele consegue se revisitar o tempo inteiro com uma criatividade impressionante e uma capacidade de se adequar à situação do show, da banda, do público. Destaco a sempre revisitada 'Feto', que eu vi nascer na ingenuidade da extinta Ball e, bem como uma criança, cresce assustadoramente sob a tutela do talento criativo do Wado.

E muitas musicas novas também. Algumas não muito empolgantes como o funk (ô coisa chata!) sobre a guerra do Bush, um assuntinho já tão sem graça. (Os rapazes da platéia devem ter adorado as garotinhas balançando a bunda, inclusive com direito a bis!). Teve uma outra popzona que também não me comprou de jeito nenhum, dessa linha eletrodisco que ele adotou. Mas tem a ótima balada 'Fortalece aí' , que a gente passa uma semana cantando. O Wado tem sua discografia completa toda pra baixar aí http://www2.uol.com.br/wado/

Enfim, foi uma bela noite. Trocamos uma idéia rápida por lá - mas o assédio tava foda! - tentamos nos encontrar no outro dia, mas não deu certo e aí resolvi escrever pro blog.