A novidade, na verdade, é que me sinto à vontade com isso. Quem me conhece bem vai se surpreender com essas palavras. Emerge naturalmente de mim uma convicção de que sou uma pessoa melhor na medida em que compreendo mais o papel da política neste mundo.
Ok, vá, eu já meio que sabia disso. Mas nunca despertou meu interesse. E não era só preguiça... tá, era um pouco. Eu sempre pensava que ao invés de perder tempo com política eu devia saber e apreciar mais a arte. Tem tanta coisa pra gente saber né?
Mas, enfim. Para além da preguiça, teve sempre a ausência absoluta de estímulo. Cresci numa família que me ensinou a votar nulo e que mudava o canal da TV se o assunto fosse política ou futebol. E, claro, eu adorava isso. Achava, de um certo modo, transgressor. :)
Mas agora, que me aparece como um exercício necessário e oportuno, e que vivemos tempos de uma virada histórica no entendimento do papel da boa política no futuro dos seres, confesso que me sinto empolgada.
Não vou me candidatar a nada. Calma. Nem sinto necessidade de filiação partidária. Mas gosto de exercitar minha didática na argumentação em torno do que "só não vê quem não quer". Adoro desvendar interesses partidários em torno de declarações incendiárias.
Já sei que a gente não muda o mundo com essa empolgação.
Mas, só por me interessar, já me sinto fazendo a diferença.