segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sobre cinema e roquenrou

Já andei falando várias vezes no meu twitter mas nunca é demais lembrar: já faz tempo que não dá mais pra reclamar da noite sergipana. Falo pros roqueiros, claro.

Ainda sofremos com a falta de locais alternativos para produzir os shows, isso é um fato.O Cap. Cook é a única, mas nem de longe a melhor alternativa do ponto de vista da qualidade do serviço. Ainda assim, ainda bem que tem ele.

E além dele, como também já repeti milhares de vezes, tem essa balada excelente que é a Sessão Notívagos. Mistura de duas coisas que eu mais gosto nessa vida: cinema e rock. É pouco? Não acho. Lugar inusitado (bandas ao vivo de madrugada dentro de um shopping é a visão da transgressão! yeah!), preço justo, cerveja (ok, nem sempre tá gelada e o serviço precisa melhorar) e o principal: é um esquema que, mal ou bem, está colocando Aracaju no circuito das bandas mais expressivas do cenário indie nacional. Ninguém andava querendo se aventurar nessa empreitada aí, fazia tempo.

Uma coisa que também me faz respeitar esse esquema é o modo como as bandas estão vindo: sem roubada, cachê na mão, som minimamente decente e tal. Talvez até a equação esteja um pouquinho desequilibrada aí. As bandas tem que ser pagas e vir em boas condições, ok. Mas o resto tem que ir na mesma proporção também: esquema de som, luz, divulgação, bar, etc...Mas, enfim, isso é uma impressão de fora, superficial e totalmente não embasada da minha parte. Não quero fazer a linha de procurar defeito nas coisas que estão dando certo. De minha parte, a sessão Notívagos tem todo o desejo e torcida para que tenha vida longa.

Neste último sábado, a programação foi não menos empolgante que a média. O filme A todo volume (postei sobre ele aí embaixo) tem uma proposta bem legal. Três guitarristas comentando suas relações com o instrumento e trocando algumas idéias, fazendo uma jam. Só o The Edge ficou meio deslocado, na minha opinião. Dispensável. Mas foi ótimo ver/conhecer toda a história do Jimmy Page como músico de estudio-yardbirds-ledzeppelin. E o Jack White é uma ótima surpresa (ao menos pra mim). Além de gato, dá os melhores depoimentos sobre sua relação roots com a música. Good fun! 

As bandas dispensam apresentações. O Retrofoguetes já é de casa. Showzaço como sempre. Platéia animada e muita irreverência. Não tem show ruim desses caras. O Pata de Elefante era a novidade da noite. Não deixou nada a desejar. Um pouco mais introspectiva, mas tão competente quanto o trio baiano. Como eu previa, foi uma noite esteticamente coerente.

Entre um show e outro puxei o Rex, batera dos Retroguetes, pra um papo rápido sobre tudo isso e qualquer coisa que viesse a cabeça. Conversinha espontânea, sem compromisso com pauta. 

Rendeu. Olhaí embaixo.

 

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