Nada de Kubrick.
Eu já devia saber que Antonioni era meu cineasta predileto.
E também esqueçam Blow Up.
Deserto Vermelho é a obra-síntese.
Ainda que seja da minha relação com ele, se assim preferirem.
Eu sou a Monica Vitti dizendo: "... as cores, as coisas, as pessoas... tudo me perturba".
Meu olho enxerga a dimensão estética de objetos meramente funcionais; minha alma é eventualmente arrebatada diante de inevitáveis desproporções; ruídos sonoros cotidianos me permanecem estranhos; horizontalidades e verticalidades me atravessam e me partem ao meio...
E vez por outra tudo isso nem me cabe. Ou me atrai profundamente a ponto de me dispersar.
Eu sou a Monica Vitti dizendo: "há algo muito errado na realidade e eles não me dizem o que é".
Me encontro no deserto vermelho Antonioniano.
9 comentários:
nossa, eu li uma crítica de André França muito boa sobre esse filme, destacando a relação da fotografia e da montagem com o universo angustiante da personagem...
só que eu sou mais Blow up, que é um dos meus filmes favoritos.
O blogger está doido, excluiu os outros comentários, afff. Quando vai fazer um especial Antonioni no Núcleo?
Me surpreendeu agora, garota.
Nossa! vou procurar esse filme urgentemente pra assistir.
Falando assim, parece até criança...
- Ah não mãe, esse é que é o meu preferido! Compra vai...
- Não era o outro, menino?
- Ah não, aquele foi ontem.
:*
Essa Maíra é Muito Má. Aqui continua tudo Deserto. É Rosso isso, viu?! Coloque mais latinhas no freezer que estou chegandooooo
fibra rutilante emergida das entranhas de uma víscera maior!
nem tenho vernáculo para definir-te!
sublime!
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